XVI Congresso Tocantinense de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

Impacto Cardiovascular dos Tratamentos Oncológicos: Uma Revisão Bibliográfica

Introdução

Atualmente, foram notados avanços significativos no tratamento do câncer, o qual proporciona uma melhoria substancial na sobrevida dos pacientes oncológicos. No entanto, é evidente que essas terapias podem desencadear efeitos adversos no sistema cardiovascular, representando um desafio clínico significativo. Nesse viés, a cardiotoxicidade induzida por tratamentos oncológicos, como a quimioterapia e a terapia-alvo, pode manifestar-se de diversas formas, incluindo disfunção ventricular, arritmias cardíacas e lesões vasculares. A fisiopatologia é multifatorial, envolvendo mecanismos como o estresse oxidativo, a inflamação crônica e a disfunção endotelial. A compreensão aprofundada desses processos é crucial para o desenvolvimento de estratégias preventivas e terapêuticas direcionadas.

Objetivo

Analisar quais os impactos dos tratamentos oncológicos na saúde cardiovascular e como ocorre sua repercussão.

Métodos

O método de pesquisa é uma revisão da literatura integrativa de 10 artigos, selecionados de um total de 2.384 artigos presentes nas plataformas de dados PubMed, Scielo e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). As palavras-chaves usadas para obter as informações são: Efeitos adversos, Sistema Cardiovascular e Tratamento neoplásico.

Resultados/Discussão

Os tratamentos oncológicos, como a quimioterapia, radioterapia e terapias-alvo, estão associados a uma variedade de complicações cardiovasculares, incluindo disfunção ventricular, miocardite, e eventos vasculares como oclusões e embolismos. Um estudo com pacientes com paraganglioma de cabeça e pescoço que passaram por revascularização carotídea destacou a relevância dessa intervenção para reduzir complicações cerebrovasculares. A neuromodulação também foi identificada como uma estratégia promissora, reduzindo a pressão arterial e o risco de eventos cardiovasculares em longo prazo. Foi observado que inibidores de checkpoint imunológico, como os utilizados no tratamento de câncer de pulmão e de mama, aumentam a incidência de miocardite, particularmente em pacientes com predisposição cardíaca. Outros achados indicam que, embora os novos agentes terapêuticos, como inibidores de tirosina-quinase e inibidores de angiogênese, tenham melhorado a sobrevida dos pacientes, eles também podem desencadear hipertensão e disfunção endotelial, agravando o risco cardiovascular. A cardiotoxicidade, manifestada por condições miocardite, disfunção ventricular e complicações vasculares, reflete a complexidade multifatorial envolvida, desde o estresse oxidativo até a inflamação crônica.

Conclusão

Os avanços no tratamento oncológico têm proporcionado um aumento substancial na sobrevida dos pacientes, mas os impactos cardiovasculares associados a essas terapias representam um desafio clínico importante. O reconhecimento precoce das complicações cardiovasculares associadas ao tratamento oncológico e a implementação de escomo tratégias preventivas, como o monitoramento contínuo e intervenções terapêuticas direcionadas, são essenciais para mitigar os efeitos adversos e garantir um tratamento mais seguro e com menos efeitos adversos.

Palavras Chave

Cardiotoxicidade; Tratamentos Oncológicos; Complicações Cardiovasculares

Área

Cardiologia

Categoria

Revisão de literatura

Autores

Milena Carmo dos Santos Almeida, Alissa Bezerra Lima Verde, Ênio Carlos Reis Peres, Amanda Sousa Sousa dos Santos, Elyanne dos Santos Gomes