Dados do Trabalho

Título

Dificuldade do tratamento farmacológico da hipertensão arterial em idosos, uma revisão sistemática

Introdução

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é a principal doença crônica não transmissível entre idosos, com alta prevalência e incidência. É um importante fator de risco para doenças cardiovasculares e está relacionado a síndromes geriátricas, além de contribuir para a carga de doenças, incapacidades e mortalidade entre idosos (BENTO, 2020).

Objetivo

O objetivo do trabalho consistiu em realizar uma revisão sistemática da literatura acerca da dificuldade do tratamento farmacológico da hipertensão arterial em idosos, a fim de auxiliar nas decisões clínicas.

Métodos

Com o objetivo de realizar uma revisão sistemática da literatura, procedeu-se à pesquisa de artigos científicos nas bases de dados Scielo e Pubmed, com os seguintes descritores de busca: medicamento, hipertensão arterial e idosos. Os critérios de inclusão dos artigos foram serem textos disponíveis de forma integral, publicados nos últimos cinco anos nas línguas inglês e português. Os critérios de exclusão foram textos não disponíveis, resumos, cartas ao leitor e editoriais.

Resultados/Discussão

Foram encontrados 73 artigos de acordo com os descritores supracitados e após minuciosa aplicação dos filtros de exclusão foram selecionados 19 artigos para a realização da revisão sistemática da literatura, os quais foram rigorosamente avaliados, comparados e serviram como base para a discussão.

Evidências mostram que pessoas de meia-idade e idosos têm maior probabilidade de sofrer de hipertensão (LU, 2024).
Idosos, geralmente, apresentam multiplicidade de morbidades crônicas, o que torna o processo terapêutico complexo devido às modificações no corpo relacionadas com a própria idade, sexo, redução de habilidades cognitivas e sensoriais, além da maior dificuldade de adesão ao tratamento (REZENDE, 2021).

A adesão à terapia medicamentosa é definida pela OMS como “a conduta de concordância do paciente em relação à orientação recebida do profissional de saúde quanto à tomada de medicamentos, cumprir a dieta ou realizar mudanças no estilo de vida”. Assim, é de grande relevância que ocorra adesão à terapia medicamentosa das pessoas idosas, para que se consiga alcançar seus objetivos terapêuticos. As pessoas idosas comumente apresentam múltiplas comorbidades, o que muitas vezes levam a prescrições de diversas terapias medicamentosas (BARRETO, 2024).

Os Medicamentos Potencialmente Inapropriados para Idosos são fármacos em que os riscos superam os benefícios de sua utilização quando há opções terapêuticas com evidência científica equivalente mais segura. Estão fortemente relacionados a desfechos em saúde desfavoráveis, como reações adversas a medicamentos, internação hospitalar e maior morbimortalidade entre os idosos. A identificação desses medicamentos é uma importante estratégia para a prevenção de problemas de saúde adicionais entre idosos (FARIAS, 2021).

Conclusão

A presença de comorbidades e da polifarmácia dificulta o manejo da hipertensão arterial, podendo acarretar graves consequências. Portanto, é fulcral conhecer a eficácia e adesão dos medicamentos em idosos de forma individualizada, com o fito de garantir o bem-estar, mitigar os efeitos colaterais indesejados e fornecer segurança ao paciente.

Palavras Chave

medicamento; Hipertensão Arterial; idosos