Dados do Trabalho

Título

Predomínio de doenças cardiovasculares em pessoas vivendo com o vírus HIV

Introdução

Doenças cardiovasculares são as maiores causas de morbimortalidade em pessoas com infecção pelo vírus da imunodeficiência
humana (HIV). A ocorrência desta infecção crônica com viremia plasmática elevada, perda progressiva de linfócitos T CD4+ e imunodeficiência severa está relacionada a alterações metabólicas como resistência insulínica e dislipidemia, acarretando desfecho de doença aterosclerótica. Os mecanismos evidenciados incluem os efeitos pró-inflamatórios das proteínas liberadas pelo HIV, aumento da permeabilidade intestinal, translocação microbiana e alteração do metabolismo do colesterol. Tais fatores contribuem para a inflamação crônica e aterogênese, levando a doenças cardiovasculares ateroscleróticas graves, como infarto do miocárdio.

Objetivo

Analisar a prevalência de complicações das doenças cardiovasculares da infecção pelo HIV em contraponto à população não infectada.

Métodos

Realizado uma revisão integrativa da literatura, focado em minuciar os estudos clínicos publicados em língua inglesa, portuguesa ou espanhola nos últimos cinco anos nas bases de dados da Medline/PubMed, Scopus e LILACS através de critérios de inclusão e exclusão bem estabelecidos.

Resultados/Discussão

Diante da inclusão de vinte e três artigos clínicos na amostra final, mais de trinta mil pacientes foram investigados, sendo destes avaliados 28.716 pessoas que vivem com HIV (HIV+) e 1.861 pessoas com teste de HIV negativo (HIV-). Observaram-se diversas doenças cardiovasculares (DCV), com destaque para a Hipertensão Arterial Sistêmica. A associação com sexo, idade, contagem
de CD4, carga viral e tempo médio de infecção por HIV foi analisada na maioria dos estudos. Todos os estudos apontaram uma maior prevalência da DCV analisada quando comparada com a população em geral, com a exceção de um estudo.

Conclusão

Destarte, considera-se que as DCV são mais prevalentes em pessoas que vivem com HIV. Sendo assim, as estratégias de manejo dessas complicações são distintas daquelas associadas a complicações infecciosas, e a gestão adequada dessas patologias pode diferir daquela destinada a indivíduos não infectados pelo vírus.

Palavras Chave

Prevalência; Doenças cardiovasculares; HIV