Dados do Trabalho
Título
Uso de betabloqueadores em crianças com arritmias cardíacas: uma revisão integrativa sobre eficácia e segurança.
Introdução
As arritmias cardíacas são definidas pela irregularidade dos batimentos cardíacos, sendo ocasionadas por lesões do tecido cardíaco, cardiopatias congênitas ou, até mesmo, irregularidades no sistema de condução cardíaco. Em crianças, a incidência de arritmias varia conforme idade e características individuais destas, sendo de difícil diagnóstico e com manejo diferenciado em relação aos adultos. Além disso, as arritmias podem ser classificadas conforme a frequência cardíaca esperada para cada idade. Dessa forma, observa-se que as abordagens farmacológicas em crianças com arritmia são diferentes e complexas, uma vez que há especificidades em cada caso. Nesse sentido, o uso de betabloqueadores se torna promissor, tendo em vista seu papel potencial no tratamento, porém com atenção em relação a segurança do paciente.
Objetivo
Realizar uma revisão integrativa visando analisar a qualidade e a segurança do uso de betabloqueadores no tratamento de crianças com arritmia cardíaca.
Métodos
Este trabalho realizará uma revisão integrativa sobre a eficácia e segurança do uso de betabloqueadores em crianças com arritmias cardíacas, a partir da busca de dados em bases como PubMed, Scielo e Google Scholar, utilizando termos como “Arritmias Cardíacas”, “Pediatria” e “Uso de Medicamentos”. Serão incluídos estudos originais e revisões publicadas nos últimos 5 anos que abordam a eficácia e segurança desses medicamentos na população pediátrica.
Resultados/Discussão
Após análise dos artigos, notou-se que o uso de betabloqueadores mostram-se uma importante ferramenta no tratamento de arritmias cardíacas em crianças, com inclusa indicação do uso dessa classe na Diretriz De Arritmias Cardíacas em Crianças e Cardiopatias Congênitas da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC) com ressalvas no cuidado da avaliação da quantidade a ser usada, além do monitoramento contínuo do ECG para avaliação da melhor forma da continuidade do tratamento. Nesse sentido, atenta-se para a necessidade de se levar o fator genético e da expressão beta adrenérgica nessa população como um fator importante no cenário em análise, além da necessidade de se aprofundar mais nos estudos acerca desses desses eixos, uma vez que a observação clínica e literária se mostram de certa forma escassas nesse sentido. Logo, é conclusivo que os estudos se mostram positivos em relação ao uso de betabloqueadores no trato de arritmias infantis, mas o trabalho de aprofundação e atualização do tema deve ser seguido.
Conclusão
Conclui-se que o uso de betabloqueadores no tratamento de arritmias cardíacas em crianças é uma abordagem promissora, com eficácia e segurança comprovadas. Estudos demonstram seu papel relevante no manejo de arritmias pediátricas, conforme diretrizes da SOBRAC, que ressaltam a importância da dosagem adequada e do monitoramento do ECG. Fatores individuais, como características genéticas e expressão beta-adrenérgica, ainda pouco explorados, devem ser considerados para otimizar o tratamento. Pesquisas futuras devem investigar a interação dos betabloqueadores com outras condições e seu impacto a longo prazo, visando aprimorar a terapia e garantir melhores cuidados.
Palavras Chave
Arritmias Cardíacas; Pediatria; Uso de medicamentos
Área
Cardiologia
Categoria
Revisão de literatura
Autores
Anna Clara de Sousa Marques, Ana Letícia Muniz Saraiva, Eduardo Andrade Silva Filho, Taiza Liandra Sousa Pimentel Pereira, Elyanne dos Santos Gomes