Dados do Trabalho
Título
ESTUDO RETROSPECTIVO EPIDEMIOLÓGICO DA INCIDÊNCIA DE LEISHMANIOSE VISCERAL HUMANA NO ESTADO DO TOCANTINS
Introdução
A Leishmaniose visceral humana, é uma antropozoonose, doença infecciosa transmitida pela fêmea de mosquitos do gênero flebotomíneos, conhecidos empiricamente por diversas nomenclaturas (palha, birigui, asa-dura, tatuquiras, entre outros). Em território brasileiro, a principal espécie responsável pela transmissão é a Lutzomyia longipalpis, promovendo uma enfermidade de caráter crônico e implicação sistêmica, cuja sintomatologias mais comuns são: febre alta, hepatomegalia, esplenomegalia, perda ponderal, anemia e força muscular diminuída. Essa enfermidade repercute grande impacto social, devido, a não apresentação de uma cura que elimine por completo o agente parasitário, mas sim, uma redução da carga viral por meio de medicações ofertadas através da rede do Sistema Único de Saúde-SUS.
Objetivo
Esse estudo objetivou-se a análise de dados epidemiológicos dos casos de Leishmaniose visceral, entre os anos de 2018-2022, notificados no estado do Tocantins, com enfoque em pessoas com vírus da imunodeficiência humana-HIV.
Métodos
A análise metodológica, tratou-se de um projeto de pesquisa observacional transversal, utilizando como fonte de pesquisa os sites: DATASUS, Ministério da Saúde, LILACS e SCIELO, visando encontrar em sua base de dados informações sobre a quantidade de casos de Leishmaniose visceral associados à HIV no estado do Tocantins durante o período entre 2018-2022. Por meio da utilização de palavras-chaves: HIV, leishmaniose visceral, epidemiologia e Tocantins. Os critérios de exclusão ocorreram pela não apresentação dos quesitos expostos anteriormente.
Resultados/Discussão
Obteve-se como resultados: que dentre um total de 757 casos de pessoas infectadas por Leishmaniose visceral no estado do Tocantins, 36 pacientes (4,7%) vieram a óbito pela doença, e 14 pacientes (1,8%) vieram a óbito devido a causas decorrentes de doenças associadas a essa infeção. Esses dados se tornam ainda mais agravantes, quando associados a coinfecção por HIV, já que dentre esse grupo, com um total de 117 pessoas com a coinfecção, 12 pacientes vieram a óbitos por leishmaniose visceral (10,25%) e 10 decorrentes de causas geradas pela doença, evidenciando assim a maior taxa de morbimortalidade quando se tem o acometimento da coinfecção entre leishmaniose e HIV. Dessa forma se configura a necessidade existencial de políticas públicas que não visem somente o tratamento de doenças já instaladas como a Leishmaniose, mas, que se alicercem também no caráter preventivo relacionado ao vetor transmissor (O Flebotomíneo), assim, necessitando do apoio populacional no que diz respeito à higiene ambiental (limpeza periódica dos quintais, retirada de matéria orgânica em decomposição, destino adequado do lixo e limpeza dos abrigos dos animais domésticos) para o combate a proliferação do vetor.
Conclusão
Com base nos dados obtidos, percebeu-se que há uma maior incidência de morbimortalidade de Leishmaniose Visceral entre pessoas cujo há uma coinfecção de doenças imuno depressivas, fazendo-se necessário a integração das vigilâncias de Leishmaniose Visceral e aids, como também o aprimoramento da vigilância da coinfecção leishmanioses-HIV-aids. Tornando evidente a importância de mais estudos dirigidos sobre a temática pesquisada.
Palavras Chave
Leishmaniose; Análise epidemiológica; HIV
Área
Multiprofissional
Categoria
Trabalho empírico
Autores
Victor Dias Galvão, Luis Eduardo da Silva Malta, Isadora Souza Sobrinho Aguiar, Maria Clara Genelhú Carreira, Josué Moura Telles