XVI Congresso Tocantinense de Cardiologia

Dados do Trabalho


Título

PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA DE 47 MINUTOS E A IMPORTÂNCIA DO SUPORTE BÁSICO DE VIDA: UM RELATO DE CASO

Introdução

O Suporte Ventilatório Básico (SVB) é uma intervenção crítica em casos de parada cardiorrespiratória (PCR), essencial para garantir a oxigenação e circulação adequadas até a chegada de cuidados avançados. (Moraes et al., 2020). Considerando que a cada minuto de atraso na desfibrilação, a chance de sobrevivência diminui entre 7 a 10%, o reconhecimento rápido e abordagem precoce e efetiva da PCR se faz fundamental.O manejo adequado da PCR inclui a realização imediata de manobras de ressuscitação, que podem reduzir a mortalidade e melhorar os desfechos clínicos (AHA, 2022). Os passos do SBV são: verificar a segurança do local; avaliar a responsividade da vítima; chamar ajuda: acionar o serviço médico de emergência e buscar o DEA; checar respiração e pulso; iniciar ciclos de 30 compressões e duas ventilações (SBC, 2020). Neste contexto, apresentamos o caso de um paciente de 51 anos, com histórico de hipertensão arterial sistêmica (HAS), que após mal súbito, apresentou uma PCR de 47 minutos, ressaltando o papel vital do SVB e da RCP na preservação da vida e da função neurológica.

Objetivo

O objetivo deste relato é descrever o caso de um paciente que, após uma PCR prolongada, apresentou evolução clínica favorável, destacando a importância do SVB e das manobras de ressuscitação imediatas na recuperação do paciente.

Métodos

Este relato de caso foi desenvolvido por meio da análise do prontuário médico do paciente, que incluiu informações sobre histórico clínico, exames laboratoriais e de imagem, além de registros do atendimento inicial e intervenções realizadas. A evolução clínica foi acompanhada e os dados foram correlacionados com as diretrizes atuais de ressuscitação.

Resultados/Discussão

O paciente, de 51 anos, hipertenso, foi trazido pelo SAMU para o Hospital Regional de Araguaína (HRA) após mal súbito, evoluindo com parada cardiorrespiratória de 47 minutos, com realização de manobras de RCP e três desfibrilações. À admissão, necessitou de medidas invasivas como ventilação mecânica e uso de drogas vasoativas devido à instabilidade hemodinâmica. Durante investigação cardiológica, foram realizados ultrassom de carótidas com ateromatose do sistema carotídeo, holter que indicou ritmo sinusal com variações de frequência, sendo 67 extrassistoles supraventriculares conduzidas e 04 episódios de taquicardia polimórfica supraventricular não sustentadas. Durante a internação, realizou cateterismo cardíaco, que não evidenciou coronariopatia obstrutiva. Foi encaminhado ao ambulatório de cardiologia, onde realizou a passagem de um cardioversor desfibrilador implantável (CDI), sem intercorrências ou necessidade de nova internação. Este caso reforça a importância do SVB e das manobras de RCP, uma vez que a intervenção precoce pode diminuir os riscos de sequela neurológica.

Conclusão

A rápida aplicação do SVB e a adequada realização de RCP foram fundamentais para a recuperação do paciente, que sobreviveu a uma parada cardiorrespiratória prolongada. A intervenção precoce não apenas garantiu a sobrevivência, mas também minimizou o risco de sequelas neurológicas. Este caso ressalta a necessidade de treinamento em SVB para profissionais de saúde e leigos, visando aumentar as taxas de sobrevivência e reforçar a importância de um atendimento coordenado e sistemático, destacando a relevância das diretrizes atuais de ressuscitação e a educação contínua na área.

Palavras Chave

Cardiologia; SUPORTE BÁSICO DE VIDA; CDI

Área

Cardiologia

Categoria

Relato de caso

Autores

Lucas de Almeida Rocha, Leticia Queiroz Vidal, Vinicius Barbosa Reis, Danielle Dantas Borges, Alinne Katienny Lima Silva Macambira